terça-feira, 12 de janeiro de 2010

a importância de falar com um bom profissional (ou, por que diabos eu não tomo um pouco mais de coragem para questionar as coisas antes de acatar a alguma "canetada médica"?)




você já foi fazer um exame dermatológico pra piscina e o fulano nem pediu pra você ficar em trajes de banho e somente fez perguntas como "você tem alguma irritação na pele?", "alguma mancha recente?", "frieiras, algum tipo de micose?" e, após você dizer não a todas, ele simplesmente pega a guia médica e diz que você está apto a entrar na piscina? assim, sem nem olhar para a sua pele?
bom, eu já passei por pelo menos umas cinco ocasiões assim. em todas eu saía de boca aberta, não acreditando na cena. pensava "outro médico bundão?!".

mas já aviso aqui: não sou contra os médicos. sou contra médico ruim e que não se esforça ao exercer a profissão!

por indicação da doula que acompanhou o parto do tito a gente foi a um pediatra super bacana, que foi muito gentil e atencioso conosco e com o pequeno logo de cara, deu dicas muito boas, não se mostrou neurótico em relação a vacinação (disse que concorda em esperar um ano de vida do bebê) etecetara e tal.
resumindo, gostamos bastante.

há umas duas semanas o tito tem estado muito "temperamental" em algumas horas do dia (fins de tarde principalmente) e tem chorado muito do nada. um choro doído, com gritos, esperneios e lágrimas.
muito ruim ver isso e tentar de várias formas acalmá-lo sem conseguir.
apesar de ter gostado muito do primeiro pediatra, a nanã teve a brilhante idéia de levá-lo a um outro que é super bom e com uma visão mais humanizada ainda e ver o que ele teria a dizer a respeito.

chegamos a um consenso de que o tito está passando por uma fase bastante "bad ass" de cólicas.
a nanã já está há algum tempo sem comer nada que contenha leite e leu que seria bom também barrar o trigo por conta do glúten, mas o médico ainda sugeriu mudar um pouco mais a alimentação, tentar distraí-lo de outras formas nos momentos de choro intenso, tentar mudar alguma coisa ou outra na rotina dele pra ver se surte algum efeito, etc.

se fosse um médico qualquer, um dos vários que existem por aí, provavelmente a abordagem seria algo como "cólicas, né? bom, tem medicamento pra cólica em bebês que vocês podem dar a ele" e pronto, numa consulta de 20 minutos ele despacharia-nos dando a receita médica e dizendo "então, tá, nos vemos na próxima consulta".

acho que todos nós temos uma porção de exemplos de situações em que os médicos ou outros profissionais da saúde mal se esforçaram pra nos ajudar, pra entender nossas causas, nosso estilo de vida, e saíram canetando alguma receita para encerrar logo a consulta.

nas duas últimas semanas antes do tito nascer a nanã fazia ultrasom a cada três dias pra ver se estava tudo bem com ele, já que havia passado da 40ª semana de gestação.
no penúltimo deu que ele estava com uns 3.200 kg, no último (em outro laboratório), deu que ele estava com 4.100 kg.
como ele pode ter engordado tanto em só três dias?! a médica fez as medições de novo a pedido nosso e bateu o pé dizendo que o peso era esse mesmo, mais de quatro quilos.
e ainda emendou "esse bebê não vai nascer de parto normal, não. é um bebê muito grande e ele ainda está alto, falta muito pra descer", e ficou insistindo nisso mesmo não sendo nossa médica, mesmo sem a gente perguntar nada.

o tito nasceu no dia seguinte num parto domiciliar totalmente natural (e pesando 3,680 kg).

é esse tipo de coisa que deixa clara pra mim a diferença entre um profissional bom de um ruim.

até a semana que vem.

imagem: istockphoto.com/health

4 comentários:

  1. Nem me fale dessa bundona do ultrassom! "41 semanas e 5 dias? ele está muito alto, não vai nascer de parto normal. esse mês fiz uma cesárea pelo mesmo motivo em uma paciente que queria muito parto normal, mas tem horas que não tem jeito...". É, tem horas que não tem jeito. Mas aquela não era uma dessas horas, definitivamente, rs.
    Pois é, quanto mais nós vamos em consultas médicas, mais percebemos que o que eles mais falam é a opinião pessoal deles, o que nem sempre vai servir pra todo mundo.
    Bjoca.

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  2. Oi Fe =)
    Também acho que outro tipo de médico ruim é uma pediatra que a Lê teve.

    Deixava a gente esperando mais de 3h e ainda dizia que eu não devia amamentá-la, pra não interferir no peso (mas eu amamentava mesmo assim, e muuuuito, o tanto que ela queria). Chegava no consultório, nem olhava direito, já saía receitando mil e uma coisas caríssimas (que nunca compramos, risos) e achou extremamente ruim e nojento o fato dela ter feito xixi na mesa... Legal né?! E foi super recomendada pra gente, a melhor da região. Afff...

    Agora estamos em uma que aceita nosso método de criá-la, só receitou remédio uma vez (tylenol infantil, se fosse preciso - nunca foi, graças a Deus), mas disse que era pra evitar, dar banhos mornos, muito líquido e muito colo e carinho em casos de febre. Só se preocupar se ficasse mais de 3 dias ruim. Ela é muuuuito legal, só não sei se é humanizada.

    Outra médica que só volto pra fazer exame ginecológico é a minha... fui ano passado fazer exame e ela tascou um comentário: "sua cicatriz ficou meio estranha... no próximo eu faço bem direitinho". Hahahaha, no próximo ela nem vai saber do nascimento =P

    Beijos!

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  3. ó, o mesmo peso da olivia e do heitor, ambos nasceram em casa tb... coincidência!

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  4. Como Doula eu conheço bemmmmmmmmmmmmmmm esses ''profissionais'' que revolto com isso. Parabens pelo lindo PD!!!

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